Ji-Paraná já foi referência em várias modalidades esportivas no Estado, mas sempre foi conhecida como “ninho” de atletas do handebol. Hoje, a modalidade praticamente desapareceu das poucas competições disputadas no Município. Apaixonado pelo handebol, um acadêmico do 3º período do curso de Educação Física de uma entidade particular de ensino superior resolveu descruzar os braços e apostar no potencial das crianças ji-paranaenses criando o projeto “Bom na Aula. Bom na quadra”. O projeto está sendo desenvolvido com dezenas de alunos da Escola Municipal Jamil Vilas Boas, localizada no bairro Duque de Caxias.

Thiago da Silva Gonçalves está agitando a garotada do Jamil com a “nova” modalidade esportiva. O “mini-hand” do Thiago leva para a quadra em frente à escola cerca de 70 crianças, na idade entre 6 e 10 anos, alunos do 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental.

O projeto acontece duas vezes por semana, durante uma hora para cada turma. Thiago trabalha de forma lúdica os fundamentos do handebol com a garotada.

“Tem o lado da brincadeira, que eles adoram, e tem o lado pedagógico. Dessa forma a gente busca passar os fundamentos do handebol e trabalha também um pouco de coordenação motora. Eles têm muita energia, precisam de atividade física e estão começando a entender o esporte praticado com as mãos”, explicou o acadêmico, que lembrou as dificuldades no início do projeto por causa da cultura da prática do futebol.

Competições

Para a diretora da Jamil Vilas Boas, Vanessa Leite, o projeto foi bem vindo, já que as crianças adoram atividades na quadra. A contrapartida da escola foi apenas a aquisição de alguns canos para a confecção das traves. Bolas, redes, uniformes e apitos a Escola já tinha.

O projeto, coordenado pelo professor João Viana, também um ex-atleta de handebol, tem a duração de 12 meses e prevê a realização de torneio entre os pequenos atletas.

“Os alunos estão indo bem e pretendemos realizar um torneio entre maio e junho. Queremos realizar pelo menos três competições para incentivar ainda mais os pequenos atletas. Se de todas estas crianças um ou dois que se apaixone pelo handebol e se tornem atletas para Ji-Paraná já vai valer a pena”, destacou Thiago.