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Voltar Publicada em 31/07/2014 | GERAL

TELEXFRIA - Divulgador venderá até casa para pagar imposto


Informações erradas na Declaração do Imposto de Renda (IR) fizeram com que associados de empresas de marketing multinível caíssem na malha fina. A situação é pior para quem entrou na Telexfree na esperança de ter um ganho extra e agora se surpreende com uma dívida gigantesca, superior, inclusive, ao que teve de lucro com o negócio.

Sem ter condições de quitar os débitos federais, há quem já pense até em vender a casa para acertar as contas com o Leão. Esse é o caso do aposentado Elpídio Gonçalves Neto, de 51 anos, morador de São Paulo. Ele, que investiu R$ 10 mil, conseguiu recrutar tanta gente que ganhou em bônus, aproximadamente, R$ 123 mil. Desse valor, sacou apenas R$ 30 mil. O restante ficou retido com o bloqueio dos bens da Telexfree, decretado em junho do ano passado pela Justiça do Acre.

O divulgador, como são chamados os associados da corporação – acusada de pirâmide e de fraudar o sistema financeiro –, descobriu semana passada que terá de pagar R$ 32 mil em IR mais 20% de multa.

 

Elpídio terá de desembolsar R$ 32 mil em Imposto de Renda, mais 20% de multa



“A Telexfree declarou à Receita que eu tive de lucro R$ 140 mil e que paguei de imposto R$ 1,4 mil. Agora, o órgão está me cobrando um valor errado. Não tenho esse dinheiro. Estou pensando seriamente em vender minha casa, comprar uma mais barata, quitar a dívida e evitar uma multa de 75% do valor de IR devido”, conta.

Assim como Elpídio, muitos divulgadores começaram a ser notificados pelo Fisco. Por redes sociais, YouTube e até no Reclame Aqui, os filiados acusam a companhia de não ter repassado à Receita Federal o IR descontado das bonificações.

 
Outras pessoas reclamam que a empresa informou ao órgão lucratividade que não ocorreu e que entregou aos divulgadores informe de rendimentos com dados bem diferentes do que a empresa apresentou ao xerife fiscal da União.

Elpídio relata que recebeu da empresa o informe de rendimento em 28 de abril, dois dias antes do encerramento do prazo para o encaminhamento da declaração do IR, com várias inconsistências.

O prazo para envio do documento aos contribuintes era até 28 de fevereiro. “Diversas vezes, fui à Receita verificar o que a Telexfree informou, mas o órgão dizia que não havia nada no sistema. Tenho parentes que ganharam R$ 200 mil com a empresa, recolheram R$ 80 mil de impostos e estão sendo cobrados em mais de R$ 100 mil pelo Fisco”.

A mesma reclamação é feita por outros divulgadores no Facebook oficial da empresa. Há uma semana, a companhia publicou na página que os associados poderiam enviar um e-mail ao contador da empresa para solicitar retificação.

Elpídio diz que esse contato não teve qualquer resposta. “Antes, não tinha ciência que a rede era ilegal. Hoje, me arrependo muito de ter feito parte. O dinheiro que recebi não veio de Deus. Se fosse, ainda estaria na minha mão. Também estou desiludido com a Telexfree. Uma empresa jamais cometeria tantos erros e fraudes”.


Alerta no início do ano sobre o Leão


Em 24 de fevereiro deste ano, A GAZETA publicou reportagem orientando associados de marketing multinível a declarar corretamente os ganhos para não correr risco de cair na malha fina.

 

 

Fiscalização mais forte e detalhada


A Receita Federal no Estado, em novembro último, passou a ser parte da ação civil pública, aberta contra a Telexfree no Acre, tendo acesso a todas as informações fiscais.



Receita confirma investigação


Em setembro de 2013, a Receita Federal no Espírito Santo e em Brasília confirmou o início de investigação envolvendo Telexfree e divulgadores, com a intenção de verificar débitos tributários.

 

 

Operação Orion


Há uma semana, a Receita participou da Operação Orion, da Polícia Federal, para coletar documentos envolvendo a Telexfree. Fisco alertou divulgadores a acertarem as contas com o Fisco.

Fonte: Gazetaonline

ATENÇÃO SR(s) INTERNAUTAS

Este site acompanha casos policiais. Todos os conduzidos são tratados como suspeitos e é presumida sua inocência até que se prove o contrário. Recomenda-se ao leitor critério ao analisar as reportagens.

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